Fizemos um tempo atrás, uma analogia com os profissionais que estão com excesso de trabalho, estão sendo produtivos, não estão dando conta de conciliar a vida pessoal e profissional e, mesmo assim, não conseguem bons salários ou o devido reconhecimento. Isso ocorre nas jornadas duplas, ou triplas de trabalho que precisamos fazer para complementar renda, conseguir mais espaço e empregabilidade, ou por que não, ter uma perspectiva de um futuro financeiro melhor.
Independente dos que gostem dessas jornadas de 20 horas de trabalho diário, uma coisa é certa: Dupla jornada, problemas em dobro. Na avaliação do presidente do Insadi (Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber, o ideal é evitar ao máximo ter dois empregos simultâneos. “O indivíduo pode adoecer e passar grande parte do seu dia estressado”, afirma. Mas, se isso acontecer, Kelber aconselha que os dois empregos não sejam conflitantes, uma vez que qualquer problema que exista será prontamente depositado nas costas do funcionário em questão. “As pessoas podem desconfiar da fidelidade desse funcionário para com a empresa”.
Quando o profissional necessitar de dois empregos para se manter financeiramente, ele terá de escolher com muita prudência os horários a serem trabalhados. Dois serviços distintos, observa Kelber, podem acabar com a vontade e ímpeto do indivíduo. “É sempre bom que o segundo emprego seja mais prazeroso e que não exija esforço físico, uma vez que este funcionário estará esgotado”, aponta.
O presidente do instituto enumera uma série de riscos que podem prejudicar a vida dupla do profissional. Além do limite físico, que será atingido com o passar das horas, o indivíduo certamente arcará com problemas de desempenho em uma das empresas, o que poderá acabar em demissão. “A partir do momento que ele gostar mais de uma área, ela será privilegiada por ele”.
Benefícios
No caso de ser um funcionário em dois lugares diferentes, é a necessidade que ditará o ritmo do indivíduo. Apesar do desgaste, este profissional poderá analisar e tirar proveito da situação de maneira positiva. “A parte boa é que você sempre aprende algo, compara os modelos de gestão, as regras e focos das empresas. Além disso, o reforço financeiro torna-se uma consequência”, analisa Kelber. O presidente sustenta que, para ter condições mínimas para exercer dois tipos de trabalho, torna-se vital que o indivíduo se alimente bem e tenha tempo para um descanso.
Fonte: www.administradores.com.br
E ai, vale a pena tais benefícios!?!