Como alinhar o Eco de Economia com o Eco de Ecologia? O antigo gestor, alheio as novas concepções de sustentabilidade e que ainda imagina ter em mãos o sucesso econômico ainda baseado na utilização irrestrita e irresponsável de recursos naturais está fadado a ser engolido pelo mercado – talvez não pela qualidade do que oferece, mas pela demanda dos que visam a responsabilidade que a sua empresa possui com o bem-estar mundial.
A adesão dos novos gestores a processos, campanhas e projetos voltados a sustentabilidade deu um salto nos últimos anos por diversos motivos. Primeiramente, de ordem prática, quando se aperfeiçoa o processo de produção e diminui-se a utilização, transporte e manufatura de recursos naturais, logicamente poupa-se dinheiro a curto prazo. Segundo, qualquer imagem empresarial e campanha publicitária que transpareça excessos de consumo, degradação ambiental, desrespeito ao consumidor e produtos sem eficiência econômica não colam mais no mercado consumidor atual. Os novos gestores precisam está capacitados a atender as diversas demandas que o próprio mundo – com os seus quase 7 bilhões de habitantes – está exigindo, que é de principalmente aprender a alinhar nessa nave super-lotada, em que a Terra se transformou, o crescimento da economia e das condições de vida humana, com os seus escassos recursos e milhões de problemas ambientais, sociais, políticos e econômicos. Até o final de 2010, por exemplo, seguindo a tendência dessas novas exigências, será publicado a ISO 26000, norma internacional de responsabilidade social que já está quase finalizada e que foi produto – após 5 anos de pesquisa – de inúmeros esforços de cientistas, empresários, consumidores e trabalhadores para condensar os anseios e expectativas dos diversos acordos internacionais e das melhores práticas de gestão empresarial.
Com isso, se espera que os novos gestores tenham em mente o que a sociedade atual espera de sua Instituição, além claro, de orientá-los a aplicar essas normas em seus processos administrativos e cadeias de valores dentro da Instituição.
Diferente da mera filantropia construída e estigmatizada na década de 80, hoje se vive a explosão da ecoefiência, da diminuição de riscos e valorização do capital humano. Esses pensamentos, que são incorporados a toda cadeia produtiva da Instituição gera inclusive mais faturamento e novos mercados para as empresas que desejem ter uma imagem coorporativa atrelada a responsabilidade socioambiental. Como exemplo, está o resultado do estudo “A cadeia da sustentabilidade”, realizado no início de 2009 que mostrou que 85% dos líderes brasileiros atribuíram seu sucesso de vendas à boa imagem coorporativa.
Com esse novo panorama, cabem a nós, novos gestores e líderes, destruirmos a imagem negativa e destruidora que as próprias empresas construíram ao longo desses anos. Empresas e gestores gananciosos, malvados e guiados pelo lucro imediato não possuem mais espaço na “Responsabilidade Social 2.0”. Aprendamos com as novas tecnologias, estudos, pesquisas e com a própria Terra que há sim possibilidade de criarmos um novo modelo de gestão em nossa Instituição, seja pela otimização de processos, seja pela diminuição de custos através da aplicação de tecnologias limpas.
Estejamos preparados! Para o nosso próprio bem!
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