sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A metáfora da máquina

              “A metáfora da máquina é tão poderosa que molda o caráter da maioria das organizações”


             A organização, enquanto vítima da máquina, possui a grande maioria de seus processos vistos de forma mecânica, dentro de um sistema de causa e feito muito bem estruturado. Nessa estrutura organizacional é fácil você identificar os personagens, os “funcionários” e suas atribuições muito bem especificadas. Porém, essas mesmas organizações possuem uma imensa dificuldade de adaptação e flexibilidade as externalidades que o ambiente (mercado) lhe proporciona. Essa debilidade vem da estrutura organizacional está voltada a metas pré estabelecidas.
             As empresas que ainda se prendem a essa metáfora estão vivendo a margem de novas tendências. Praticamente não dedicam seus processos a questão socioambiental, por exemplo; valorizam apenas a tecnologia como solução à produtividade e esquecem a criatividade e a pessoalidade como alternativa vinda da valorização dos recursos humanos da organização; ainda tratam a organização apenas como um sistema mecânico e fechado, não atentando para as mudanças do mercado.
                O risco que o gestor, inserido em uma organização mecanicista, é de traduzir o padrão e a rigidez dos processos operacionais para as relações humanas e para o processo de desenvolvimento organizacional. Esse risco vem do fato de confundir a gestão operacional dos processos com a liderança a ser desenvolvida com as equipes. Os processos, por si só, seguem um padrão para justamente facilitar a análise, melhoria contínua, implementação de tecnologia, etc. No desenvolvimento dos recursos humanos, os colaboradores devem ser vistos como universos individuais, que precisam ser avaliados e desenvolvidos de forma individual. Vale aqui, o velho jargão: "Gerenciamentos processos e lideramos pessoas".
                Se libertar da metáfora da máquina é um desafio, pois a valorização dos recursos humanos, com o objetivo de motivá-los, potencializá-los e satisfazer suas necessidades traz um ganho para organização que é reciproco a essa dedicação: produtividade, dedicação ao trabalho e criatividade para os processos. Resumidamente, a metáfora da máquina deve ser adotada a padronização dos processos. E para aperfeiçoar esses processos, deve-se valorizar os Recursos Humamos reposnáveis por eles.