terça-feira, 9 de março de 2010

Eles fazem bem o bem - Empreendedores Sociais parte 1 (Perfil)


Como já ouvimos falar sobre o termo empreendedorismo – Resumidamente, pessoa que possui características e perfil para iniciar um negócio, com o objetivo de ganhar lucro e renda – vamos explorar algo bem diferente do que nos acostumamos a ouvir, a palavra “empreendedor” não se limita somente à área de negócios. Tendo origem francesa e usado pela primeira vez nas décadas de 60 e 70, o termo significa “alguém que se encarrega ou se compromete com um projeto ou atividade significante”. Em vez do tipo do empreendimento que o individuo tem, a palavra descreve uma postura, comportamento e conjunto de qualidades. Empreendedores vêem possibilidades, e não problemas, para provocar mudanças na sociedade e não se limitam aos recursos que têm num momento.


Empreendedores sociais têm características semelhantes aos empreendedores de negócios, mas possuem uma missão social onde o objetivo final não é a geração de lucro, mas o impacto social; são os agentes de transformação no setor social. Não se contentam em atuar apenas localmente. São extremamente visionários e pensam sempre em inspirar a sociedade com as suas idéias e como colocá-las em prática.

Empreendedores são inovadores. Eles criam novos paradigmas e são pioneiros de novas abordagens. Isto não significa que criem algo completamente novo. Muitas vezes, transformam algumas idéias já existentes; utilizam a criatividade para aperfeiçoar ou reinventar processos. É um processo criativo e contínuo de explorar, aprender e melhorar.


Empreendedores sociais são executivos do setor sem fins lucrativos que prestam maior atenção às forças do mercado sem perder de vista suas missões (sociais) e são orientados por um propósito duplo: empreender projetos que funcionam e são disponíveis às pessoas e se tornar menos dependentes do governo e da caridade. (The National Center for Social Entrepreneurs)
O empreendedor social visa a maximização do capital social (relações de confiança e respeito) existente para realizar mais iniciativas, programas e ações que permitam para uma comunidade, cidade ou região se desenvolverem de maneira sustentável. Ele faz esses avanços disseminando tecnologias produtivas, aumentando a articulação de grupos produtivos e estimulando a participação da população na esfera política, ampliando o "espaço público" dos cidadãos em situação de exclusão e risco. (Pequenas empresas, grandes negócios).


Para tanto, utiliza técnicas de gestão, inovações produtivas, técnicas de manejo sustentável de recursos naturais e criatividade para fornecer produtos e serviços que possibilitem a melhoria da condição de vida das pessoas envolvidas e beneficiadas, através da ação dos empreendedores sociais externos e internos a comunidade.

Fonte: http://www.gsb.stanford.edu/csi/SEDefinition.html  

(Adaptado do The Meaning of Social Entrepreneurship by J. Gregory Dees)



Vários autores já avaliam as características que os empreendedores sociais possuem e que os empreedores "convencionais" não. Essa é uma tendência recente, um perfil não tão novo, mas ainda pouco explorado. Na realidade social em que empresas e governos atuam, os seguimentos sociais surgiram como uma terceira via, uma amostra do que é justo e ético. E esse tipo de pensamento, tomando por base a história, também é novo no ambiente organizacional.

Só aqui, podemos destacar diversas características que são urgentes de aplicação em diversos modelos de gestão que ainda presenciamos nos dias de hoje:

- Missão e Impacto Social: Pode-se entender como uma preocupação além dos lucros ou sobrevivência da organização. Deve preocupar com as pessoas que sofrerão os resultados de nossas ações e as que estão envolvidas nos processos organizacionais.
- Inspirar a sociedade com as suas idéias: Diferente da manipulação que vemos todos os dias. A inspiração é um dos primeiros princípios da liderança. Quando você inspira, você motiva, você move as pessoas, e não apenas iludi, ou trabalha com modismo comerciais.
- Maximização do capital social (relações de confiança e respeito): Sem comentários. Hoje convivemos com protocolos, documentos, arquivos de segurança e controle, gravações, cobranças e medos dentro do ambiente organizacional. Relações de confiança e respeito são utópicos para algumas pessoas.


continua....

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